quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

NADA SEI SOBRE O TEMPO


(Em modo Lua Nova em Sagitário :-) 

Nada sei sobre tempo.
Nada sei sobre a sua eterna permanência na simples e complexa impermanência da Vida.
Na verdade, ainda não entendi se é ele que por mim passa, ou se contrariando a ilógica-lógica-das-coisas, sou eu que timidamente me atrevo a por ele passar.
Não sei.
Mas que importa saber, se sinto a sua patine, a sua pertinência, a sua mágica e subtil existência?
Resta-me aceitá-lo para ser também aceite, deixando-me envolver na cumplicidade terrena de quem há muito percebeu que há mistérios indesvendáveis, razões ilógicas, propósitos infinitamente maiores que a própria existência!
Na verdade nada poderia saber sobre tempo, pois sabê-lo é atravessá-lo.
Nele não há um ‘antes’ ou um ‘depois’.
Apenas um ‘durante’ revelado no corpo, mas não inteligível pela mente.  
Olhando-o de frente, acolho-o.
E, mesmo sem dele nada saber,
sei que juntos…
aos poucos...
nos vamos Cumprindo!   

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