![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibZi5YVsrNo3qfBJYwjJ2lddp71ST3zo0MgvfddomctJ_W9oKsxSe_xqp8wng0Sx0hoLxOdbDAWqY-NMcrj-nbrh5-o9dMVgiVPyB55q_n0vxCKgNE0W9Yey07Cljy8srH9xwI76nYxa8/s200/Espiritualidade-e-religiosidade-nas-organiza%25C3%25A7%25C3%25B5es-interna.jpg)
De
imediato lembrei-me que apesar de ser do conhecimento geral, que ingerir ‘fast-food’ só engorda, não alimenta, alguns ainda optam por
ingerir este tipo de refeição, na ilusória ’certeza’ que empanturrar o
estomago daquilo até se sentir enfartado é sinónimo de estar…nutrido.
Mas,
como dizia a minha avó, cada Um sabe de si, Deus sabe de todos J
Cabe
realmente a cada Um, escolher o seu alimento e sobre isso não tenho nada a
dizer.
Apeteceu-me
no entanto escrever, pois da mesmíssima forma que duvido da qualidade
‘fast-food’ , duvido de mudanças bombásticas, que não implicam caminho, processo
e claro está transformação.
Considero-as
doenças crónicas, a que muitos se sujeitam, picando como pica-paus aqui e ali
na esperança de encontrarem fora o que recusam procurar dentro.
Transformar-se
é um processo alquímico e não uma receita milagrosa.
Esta
alquimia requer trabalho interior (o que dá trabalho, claro está!) e talvez por
isso é com indignação que observo estas corridas desenfreadas à toma rápida de
‘pilulas-espirituais-pseudo-esotéricas’ capazes de atordoar apenas num
fim-de-semana, qualquer vazio existencial.
Na
verdade, o workshop mais completo que devíamos aceitar participar é o da
própria VIDA, que com as suas desafiantes e tantas vezes dolorosas experiências
nos amadurece, humaniza e transforma.
Este
sim, capacita-nos aos poucos a lidar com a nossa mais ínfima fragilidade mostrando-nos
que nela reside a nossa força maior.
Força
telúrica, capaz de revelar o pin de acesso ao mais nosso mais profundo interior,
dotando-nos através das experiências, duma profunda e constante resiliência, vital
neste caminho de Vida na Terra.
Repleta
de magia, mas sem receitas mágicas, ensina-nos a atravessar processos e
mostra-nos com sabedoria a verdade que neles está contida.
No
seu natural e perfeito equilíbrio, o preço que nos cobra não é alto, baixo, ou negociável
sequer, mas justo para o que temos de transformar.
Tira-nos
da cadeira da sala para o imenso trilho da Vida.
Eleva
percepções, revela simplicidade e verdades contidas na sacralidade que aos
poucos vamos resgatando no nosso coração.
Esse
sim, capaz de nos aconchegar e dar abrigo, quando o caminho que aceitamos
trilhar se torna frio e desabrigado.
Tal
como a árvore, não se chega ao céu sem ousar descer à terra.
Crescer
é transformar-se.
Transmutar
o metal vil da nossa consciência adormecida, em puro Ouro, resultante da
integração plena das vivências que ousámos experienciar.
Isto
requer tempo e trabalho interior.
Crescer
à força, com base de ‘adubos rápidos’ é engordar por fora, mas adoecer por
dentro.
A
vida é dinâmica, por isso é preciso morrer para nascer de novo vezes sem conta.
Só
assim se cumprem os ciclos.
Só
assim se aprende.
Só
assim se VIVE.
Concordo em pleno e assisto de forma impotente... muito grata querida Cristina por uma vez mais descreveres de forma tão maravilhosa aquele que é também o meu sentir diário, perante o que vou assistindo, seja por parte de terapeutas e facilitadores que anunciam esses 'milagres' seja por parte daqueles que os consomem continuando a viver na sua plena 'ilusão' de que só por isso - tudo está bem! Beijinho de coração e o desejo duma linda época para ti de 'morte e renascimento', até já - Laura
ResponderEliminar