Não
me canso de afirmar que se observássemos cuidadosamente a natureza saberíamos
tudo sobre nós. Perceberíamos melhor os nossos ritmos, ciclos, intempéries e
dias de sol e aceitaríamos sem resistências o inevitável processo de
transformação a que a Vida a todos sujeita para que nos possamos cumprir.
Tal
como um fruto numa árvore só cai quando está maduro, também nós temos um
período de amadurecimento, que só acontece verdadeiramente quando aceitamos experienciar e integrar as experiências vividas.
Sem
experiências integradas, seremos como aqueles frutos “calibrados” que apesar de
terem uma aparência reluzente, não têm qualquer sabor, o que nos traz a triste
sensação de termos sido “enganados” pelo seu “perfeito-exterior”, percebendo
sem grande esforço, que o seu propósito natural foi pelo homem sabotado.
Na
verdade, no processo natural da Vida o fruto só cai da árvore quando está
pronto para tal. Curiosamente não há vento que o arranque do ramo se não tiver ainda
chegado o seu momento, bem como não há tempo que o amadureça se não for
encontrada a combinação mágica entre este e as condições exteriores adequadas.
Apesar
não refletirmos muito sobre isto, é assim também que a Vida nos convida a
amadurecer. Precisamos de tempo é certo, mas de nada vale este tempo e não for
acompanhado de experiências transformadoras, de sol, de chuva, de vento, de
dias de assustadoras tempestades e de outros de enriquecedoras brisas.
Se
observarmos igualmente a árvore que dá o fruto, perceberemos ainda que o solo
onde escolheu enraizar-se tem relação direta com a qualidade dos frutos que
dela nascem. Um solo fértil expande a potencialidade daquela árvore,
permitindo-lhe gerar frutos mais doces e saudáveis.
Mais
uma vez connosco acontece exatamente o mesmo.
O solo
onde escolhemos permanecer determina se o nosso potencial é ampliado ou se pelo
contrário é reduzido e claro está nos reduz também.
Em
resumo, todos temos de passar por um período de amadurecimento até estarmos
finalmente prontos para viver a essência da Vida, não confundindo o supérfluo com
o essencial, nem o conhecimento que vamos adquirindo com a sabedoria que vamos
conquistando.
Todo
o adubo que nos puder fertilizar durante o processo é bem-vindo, mas nunca será
suficiente até aceitarmos que só as experiências que por nós passam têm a
dimensão de nos tornar “frutos-sãos”, maduros, mais conscientes da nossa
textura, do nosso sabor e resistentes a qualquer
estação do ano – por mais dura que seja!
Ola Cris, Gostei muito, bjs Teresa
ResponderEliminarGrata minha querida! Abracinho
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