Os
seus rostos espelhavam a grandeza das suas Almas e a felicidade era a satisfação
de puderem usufruir do ‘grandioso-presente’ que é saber ‘viver-no- presente’.
Eram
portanto, felizes.
Neles
o medo esfumava-se pela ausência de projecções no futuro, bem como o
ressentimento era algo que não os conseguia incomodar.
Sabiam
que o passado era um tempo que passou e que as memórias que dele ficaram foram somente
experiências transformadoras e vitais para o seu crescimento.
Sabiam
que na Vida nada volta atrás e que tudo nela é irrepetível.
Talvez
por isso, vivessem muito intensamente cada dia, agradecendo as ‘pequenas-grandes-coisas’
que por estarem vivos podiam usufruir.
Sabiam
valorizar um olhar profundo, um abraço sentido, um leve sorriso ou até uma
borboleta a esvoaçar-lhes sobre o ombro.
Sabiam
que a Vida abençoa-nos sempre com um propósito divino que nos cabe a nós
cumprir.
Não confundiam
Alma com personalidade, nem Amor com carências.
Sabiam
que em cada dia, árduas tarefas interiores os esperavam e múltiplos desafios
também.
Confiavam
em Deus. Chamavam-lhe O Criador.
Aceitavam
tranquilamente que havia outras formas de O conceber e viam nelas uma oportunidade
de aprofundamento e estudo, sempre com o propósito de expandir o Amor e o
divino que sabiam existir em cada SER.
A fé deles
era tanta, que se dizia, que numa povoação vizinha a 100 Kms. se conseguia escutar o som da sua vibração, magicamente
acompanhada pelo incrível contágio que a mesma parecia produzir.
Todos queriam ali viver,
mas grande parte desistia.
Afinal, como podemos
viver sem preocupações, perguntavam frequentemente antes de partirem cabisbaixos
e roídos de inveja.
Conta-se que nunca
obtiveram qualquer resposta, pois no fundo as coisas simples e profundas da
Vida não se perguntam, nem se respondem, apenas SÃO.
Conta-se
ainda, que por estarem muito conscientes de Si mesmos, sabiam da
responsabilidade das suas próprias escolhas. A sua ‘perfeita-imperfeição-humana’
era Bem-Vinda e engrandecida pela autenticidade, respeito e Verdade com que
viviam.
Curiosamente
este povo não tinha nome.
Muitos
foram os nomes que lhes quiseram atribuir, mas a verdade é que nunca nenhum aceitaram.
Sabiam
que um nome podia ‘diferenciá-los’, ‘catalogá-los’, e que a Alma realmente não ‘precisa-dessas-coisas’.
Sabiam
da impermanência da Vida e dos doces mistérios do Amor.
Não se
sabe exactamente em que séculos poderão ter vivido na Terra.
Sabe-se
apenas, que aos poucos estão a regressar. J
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