O meu aniversário é sempre um dia que
reservo para refletir sobre as aprendizagens do ano que passou.
Momentos, conquistas, perdas, choros e
risos porque a vida é realmente dinâmica. E, ainda bem que assim é.
Sinto-me amadurecida pela patine do tempo e
a verdade é que a maturidade inspira-me
cada vez mais.
Gosto da idade que tenho.
As rugas que todos os dias descubro no
espelho, espelham uma vida cheia de experiências, de perdas e de ganhos, que
com coragem ousei viver. Espelham a perda de tantas ilusões, o reencontro de
tantas verdades, a certeza de tantas mentiras.
Só a maturidade me tem ensinado a dosear o
que penso e a acolher cada vez mais o que sinto.
Com ela aprendi a valorizar o que tem valor
e a não me importar com o que não importa.
Com ela aprendi a ir mais fundo, e a escolher
não me afundar.
Com ela aprendi que olhar para trás só faz
falta se isso me ajudar a andar para a frente. Que tudo aquilo que vivi foi
importante para hoje saber o que quero, o que realmente me dá prazer, o que me faz
vibrar, sentir, crescer.
Com ela aprendi que posso conhecer um
milhão de pessoas e ter um único amigo e que nem por isso sou mais ou menos feliz.
Com os amores aprendi os desamores. As
dores profundas e transformadoras a que eles me submeteram. A falsidade dos que
se diziam verdadeiros e a minha intrínseca certeza de que a verdade liberta.
Aprendi que o Amor fica e que a dor passa.
Aprendi que no som do silêncio reside uma
melodia única que tem respostas que só a Alma pode saber.
Aprendi que estar só é uma bênção e que
estar acompanhado depois de se aprender a estar só é mesmo maravilhoso.
Por tudo isto e muito mais gosto da idade
que tenho.
Da maturidade que sinto.
Das ilusões que perdi.
Da esperança que encontrei.
Hoje sei que estar vivo e viver são coisas
bem diferentes.
Escolho VIVER.
E, como alguém disse um dia, isso é o que
há de mais raro.
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