Um
destes dias, “saltou-me“ um livro para as mãos, cujo autor dizia num tom pouco
amistoso e desconfiado, que “ …já não se percebe nada disto, estamos mesmo a
viver relações invulgares…”
Sorri.
Engraçado
como me parece que de uma ou de outra forma todos nós estamos a sentir, com
mais ou menos agrado, com mais ou menos intensidade estas mudanças
“estruturais” com que a vida nos está a confrontar.
Este
é um tempo de reposição de verdade.
Um
tempo onde o coração dos homens tem de se sobrepor à sua mente, um tempo de
autenticidade, de desapego de velhos e obsoletos paradigmas, um tempo onde, claro
está, qualquer “ vulgaridade” tem os dias contados.
As
relações não fogem à “regra” até porque elas, (como não me canso de afirmar), são
um excelente veículo de autoconhecimento e de transformação pessoal.
Estamos
a ser convidados a viver relações de parceria espiritual, verdadeiras e
genuínas, baseadas na verdade, na confiança e na transparência.
Talvez
esta seja uma parte da “ invulgaridade”, pois o que mais se vê por aí, são
relações baseadas no medo, na posse, no apego, no “fingir-que-se-está”, na
indiferença e na mentira. Proíbe-se em nome do amor, exige-se em nome do amor,
bate-se em nome do amor, interroga-se em nome do amor, sem nunca se chegar a
perceber o que é realmente o verdadeiro amor.
Precisamos
aprender que o amor não condiciona, liberta.
Não
reduz, amplia.
Precisamos
viver parcerias livres e genuínas, onde se aceite desafiar as partes receosas
das nossas personalidades com verdade e transparência. Precisamos deixar para
trás crenças sobre príncipes e princesas que foram felizes para sempre.
Precisamos
aceitar a “ invulgaridade” dos tempos para repor a verdade.
Aprender
que desapego não é indiferença, liberdade não é libertinagem, monogamia é
vocação e não dever, semelhanças não são afinidades, e que o único compromisso
que devíamos ter com o outro é o compromisso com a verdade.
Acredito que
ao "vulgarizarmos" esta " invulgaridade" seremos pessoas
mais sãs e muito, mas muito mais felizes !!!
Sem dúvida, minha querida!!!
ResponderEliminarEtou em absoluta sintonia com o teu "desabafo"..
Vou partilhar no fb.
Beijinhos embrulhados num grande abraço e enfeitado com um colorido laço... o laço que une as Almas "entre nós" <3
Filomena
Olá Cris,
ResponderEliminareste texto fez muito sentido para mim, por ser simples, conciso e claro. «Vulgarizarmos o invulgar», é muito bom, falo por experiência própria:) Muito bem descrito. Beijocas e muito grata.
beloca