Já me vi rasgada como uma
manta velha, envolta na incerteza de que a esperança um dia me iria encontrar.
Já me vi sozinha em busca
de companhia e perdidamente só na presença de alguém.
Já me perdi e já me
ganhei.
Já sorri, já gargalhei.
Já investi, desisti e procurei.
Já fui sem Ser e fugi de
mim sem saber.
Já implorei, já saí. Já
dei e já recebi.
Já me iludi e desiludi.
Acreditei e desacreditei. Destruí e edifiquei.
Vivi à sombra da minha
luz e na luz sombria de outras sombras também.
Hoje sei que a Vida sabe
sempre mais que eu, que dela sei tão pouco.
Sei apenas que a
valorizo, estimo e agradeço vezes sem conta.
Que vibro cada vez mais
com diária simplicidade dos seus gestos e a profundidade contida nas coisas
simples que me proporciona.
O vento, a chuva, o
chilrear tímido do pássaro que pousa na minha janela e o sábio voo da borboleta
branca no jardim que tenho junto da minha casa.
São estas coisas que hoje
fazem verdadeiros milagres no meu caminho, relembrando-me que só a
‘experiência-vivida’ pode dar esperança e verdadeiro alento àquele que por ter
ousado vivê-la, já muito com ela se desalentou! :-)
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