quarta-feira, 10 de setembro de 2014

NÃO HÁ VERÃO QUE PARA SEMPRE DURE, NEM INVERNO QUE NUNCA ACABE.

Estranha impossibilidade esta de não controlar o tempo. 
Nem o dos homens que por nós passa num sopro, relembrando a cada inspiração que a Vida na Terra tem um prazo de validade. Nem o tempo interior que nos cria a amnésia necessária para que o nosso processo de transformação aconteça da forma mais natural possível, nem o “tempo-exterior”, aquele a que nos habituámos a chamar “meteorológico”, que traz consigo esta particularidade de nos irritar e fazer vacilar entre as sandálias num dia e as botas no outro.
A verdade é que tudo na vida acontece de forma cíclica e mutável convidando-nos sempre para o grande desafio que é ACEITAR o que por impossibilidade existencial não poderemos nunca controlar.
Não há Verão que para sempre dure, nem Inverno que nunca acabe.
Esta é a grande sabedoria do Vida. Contribuir para que nada seja permanente ao ponto de nos causar acomodação.
Se assim fosse viveríamos num tédio imenso, emersos num aglomerado involutivo, que estancaria qualquer movimento, qualquer aprendizagem.
Entender a Vida é, antes de mais, aprender a viver feliz com as suas Leis.
Leis como a ciclicidade, a impermanência ou tão-somente a mutabilidade com que todos os dias somos confrontados.  
Afinal tudo passa.

Até o Verão J               

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