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Na verdade, sem que tenhamos disso consciência, vemos o mundo à nossa
maneira e somos óptimos realizadores de filmes só nossos, que legendamos,
começamos e terminamos, sem nunca questionar se aqueles filmes existirão em
mais algum lugar que não seja o da nossa tão inspirada cabecinha.
Numa relação, a diferente perceção que cada um tem da mesma realidade,
leva-nos muitas vezes para um jogo arriscado, onde interpretamos e inventamos o outro,
sem nunca pararmos para pensar que podemos estar redondamente enganados com a
nossa rebuscada ‘interpretação’.
Somos peritos em efabular, romancear, dramatizar, tudo isto a partir do
nosso mundo e da forma como nele nos posicionamos. Embriagados pelas nossas
memórias e padrões, reagimos e projetamos para cima do outro tudo aquilo que em
nós ainda precisa de ser ‘tratado’.
Num abrir e fechar de olhos, enrolamo-nos numa teia de mútuas perceções,
que nos transformam em ilhas de difícil acesso, o que nos isola a cada
inspiração mais e mais de nós próprios e do outro.
O Jogo parece simples e muito subtil.
Um, diz algo ou age a partir de
uma determinada intenção e o outro interpreta e reage, a partir de outra, muitas
vezes diametralmente oposta. Resultado, como nenhum está a comunicar partir da
sua essência, o conflito instala-se e toma conta dos dois.
Mas...como sair do Jogo das perceções?
Antes de mais, tendo consciência que ele existe e que por ele somos
muitas vezes assediados.
Aprendendo a sermos observadores de nós mesmos, não alimentando as nossas
perceções sobre o outro, mas sim expondo-as sem medo de rejeição e julgamento.
Falando sempre – sempre mesmo - com parceiro(a), com verdade e transparência sobre o que se sente, ainda que para isso
tenha de se deixar ‘arrefecer’ os ânimos e escolher a melhor altura para o
fazer.
Percebendo que ‘ filmes’ não são a realidade e que a realidade é subjetiva.
Refletindo que nem tudo o que parece é, pois o que 'é' verdadeiramente não precisa de ‘parecer’.
Não avalia, nem interpreta.
Nem vê medo, onde só pode existir
AMOR.
acredito mesmo que seja possível mas numa relação "matura" com pessoas que querem crescer e que se respeitam, que acreditam num amor que te aceita como és
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