Mais do que perguntar-me o porquê deste livro e deste tema, tenho reflectido sobre o processo que me levou a escrevê-lo. Acredito (não porque li nos livros, mas porque vivi), que as nossas relações amorosas são o “ adubo-mestre” que o nosso "solo", fértil à transformação e condenado à liberdade, necessita para se desenvolver e individualizar. Esta proposta existencial de aprendermos a ser UM na presença do outro, sem confundir identidades, só é possível através da experiência e das dinâmicas (nem sempre fáceis) a que a vida nos submete. Como alquimistas somos convidados a transformar o nosso pesado " chumbo" interior ( que por defesa pensamos ser), em " ouro" reluzente ( que ao perdermos o medo, na nossa essência somos).
No fundo a vida é um livro que escrevemos desde que aqui chegamos.
Numa primeira fase como precisamos, depois com consciência, como realmente queremos. Este livro é um processo.
Um processo onde antes de mais temos de aprender a deixar ir. Aprender que não há palavras que sejam nossas, como também não pode haver pessoas que o sejam.
Aprender que é importante continuar o caminho, apesar de tantas vezes nos faltar a inspiração e sermos bafejados por um medo cortante de nos sentirmos incapazes perante as ideias que o papel nos convida a escrever.
Aprender a sermos autênticos, apesar de estarmos formatados e "instruídos" para sermos “perfeitos”.
Aprender que jamais escreveríamos um livro com uma só palavra e questionar porque tantas vezes vivemos uma vida inteira focados numa só relação.
Aprender que a escrita pode libertar, mas que isso só acontece quando nela nos revelamos e com ela optamos por crescer.
Aprender acima de TUDO que quando pensamos que o livro chegou ao FIM, curiosamente ele apenas acabou de NASCER.
Aqui ENTRE NÓS, a vida é simples. São apenas escolhas num processo constante de crescimento e de transformação.
Um abraço a todos e a cada UM
Com Amor
Cristina Leal
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