![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg15S9dhaK1-RhDOoQLWJbT5NgX8sjKcXzSbz2uM7Ik6kFO_COfL2tyX9qIyyTcM_adLYZk9R76SJz-6lhwl5mXI-Fmbe_veVy6yBXgVkiCJc6a0wSm3cKpwhMh3XkB-W3cdbEf_S_csJ8/s1600/download.jpg)
Mais
do que os momentos de regozijo e de alegria, são os momentos de dor que nos
mostram com clareza, quem realmente está ao nosso lado, quem se interessa
realmente por quem somos, quem tem espaço verdadeiro para nos apoiar e amparar
quando necessário.
Assim
sendo, os momentos de dor são ideais para se fazerem grandes triagens. Não podendo
perder ninguém, podemos no entanto perder as expectativas e ilusões que ao
longo do tempo fomos criando.
Acredito
que o que mais nos dói, não é constatar que quem pensávamos amigo, talvez nunca
o tenha sido, mas sim reconhecer que criámos um castelo de vãs expectativas a
seu respeito, expectativas essas, que pela falta de verdade e de solidez vemos
desmoronar.
Mas,
tudo tem sempre dois caminhos, dois lados, duas escolhas.
A
mesma dor que sentimos pela perda das nossas ilusões e expectativas, é também
aquela que é capaz de repor a verdade, a honestidade, a união.
Só ela
nos permite criar laços profundos com quem nos momentos mais difíceis esteve
integralmente presente, nos abraçou, acalentou e mostrou a vital importância da
“triagem”.
A
vida traz e leva.
É
cíclica, mutável e impermanente.
Tem a
inteligência de limpar o nosso caminho levando e trazendo as pessoas certas
para os momentos certos.
Com
este processo, tantas vezes doloroso, aproxima-nos da certeza de que nesta vida
temos apenas garantidos dois eternos e fiéis amigos – nós próprios e Deus (na
forma como cada um de nós O concebe, claro está!)
Talvez
por isso, os momentos em que nos sentimos que nos viraram as costas são ideais para
refletir, silenciar, confiar.
Momentos
em que não importam tanto as respostas, mas sim a aceitação das perguntas que num
turbilhão vão surgindo.
Afinal,
nenhuma derrocada será pior que a derrocada de virarmos as costas a nós mesmos
e à nossa fé.
O
resto, bem o resto são apenas sobras do que sobra da nossa condição humana - a
imensa névoa que os nossos olhos produzem, sempre que veem os outros como
gostariam que eles fossem e são de todo incapazes de os ver como eles na
realidade são.
Mais uma verdade das tantas que aqui deixas, Amiguinha! Continuo convosco e mando-vos um beijo!
ResponderEliminar