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Confesso que sinto sempre um arrepio
de repulsa quando ouço alguém dizer “ Dizes tudo comós malucos”.
Se debulharmos esta hilariante expressão,
rapidamente concluímos que “ dizermos tudo” é associado a uma espécie de
demência ou loucura da qual todos queremos manter distância.
Não deixa de ser curioso ao mesmo
tempo olhar para a raiz de grande parte das doenças psicossomáticas a que a
humanidade se sujeita exactamente porque…deixa de dizer… tudo aquilo que sente.
A vida é dinâmica.
Tal como água do rio precisa de circular para não estagnar e cumprir o seu percurso, a Terra precisa de renovação para se manter fértil e fertilizar, nós precisamos de verbalizar aquilo que sentimos para não estagnarmos, nos renovarmos e nos mantermos igualmente férteis, fertilizando também aqueles que nos rodeiam.
Tal como água do rio precisa de circular para não estagnar e cumprir o seu percurso, a Terra precisa de renovação para se manter fértil e fertilizar, nós precisamos de verbalizar aquilo que sentimos para não estagnarmos, nos renovarmos e nos mantermos igualmente férteis, fertilizando também aqueles que nos rodeiam.
Palavras fechadas e não proferidas apodrecem
dentro de nós. Envenenam-nos. Corroem lentamente o nosso corpo e o nosso
espirito. Engordam-nos ou emagrecem-nos. Instalam-se nas nossas células, tirando-lhes
vida, após anos de pedidos de socorro ignorados. Subjugam-nos ao mais piedoso
dos dramas – o drama de não expressarmos genuinamente quem somos e a uma das
mais duras penas – a prisão perpétua que é viver formatado na cápsula colectiva,
repetindo por ordem cronológica o seu manual de lógicas instruções, antítese do
movimento natural da Vida que divinamente em nós habita.
Confesso que com esta expressão
sempre reconheci o “maluco-que-há-em-mim” como sendo um dos meus mais saudáveis
recantos.
Afinal que demência maior pode
existir que aquela que por medo de se exprimir se entope do que não disse mas
gostava de ter dito?
Expressar-se livremente é um caminho
de pacificação, de consciência e grande lucidez, precisamente o inverso daquilo
que apregoamos sempre que repetimos a dita expressão, fruto da ignorância
colectiva duma humanidade reprimida e pouco consciente.
É realmente importante estarmos
atentos ao que proferimos da boca para fora, não para evitar dizer o que
sentimos, mas sim para evitar repetir frases cujo sentido não nos damos ao
trabalho de entender, aprofundar e validar.
Que tal começar por esta?
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