Depois de um retiro xamânico que fiz há uns anos, o xamã pegou-me na mão e disse “ filha o caminho mais duro que terás de percorrer é o que vai da tua cabeça ao teu coração”.
Anos passaram e tenho sentido na epiderme a dureza deste estranho caminho, que percebo hoje ter de ser feito, de uma ou de outra forma por todos nós.
Anos passaram e tenho sentido na epiderme a dureza deste estranho caminho, que percebo hoje ter de ser feito, de uma ou de outra forma por todos nós.
Longo e árduo caminho este, onde cega caminhei tanto tempo, tacteando um chão que os meus pés rejeitavam, em busca de algo que não existia, iludindo-me de amor e desamor em espirais de dor, procurando um caminho que me era vedado, tão-somente por estar tão distante do meu próprio caminho.
Longo e árduo caminho este, onde com muita dor fui aprendendo o desapego, a entrega ao outro e a verdadeira compaixão.
Dezenas de kilometros de estrada deserta, pisando crenças racionais que impediam o Amor de se aproximar.
Horas a promover orgulhosas batalhas onde a razão era medalha de ouro e até a hino tinha direito.
O medo, esse, sempre ali, acocorado a querer fazer-me recuar, acobardando a verdade a que aquele caminho me foi levando – a que reside no meu coração.
Essa, é hoje a minha verdade.
Verdade que permeia qualquer mentira que racionalmente, por medo ou insegurança, insisto em contar a mim mesma.
Dezenas de kilometros de estrada deserta, pisando crenças racionais que impediam o Amor de se aproximar.
Horas a promover orgulhosas batalhas onde a razão era medalha de ouro e até a hino tinha direito.
O medo, esse, sempre ali, acocorado a querer fazer-me recuar, acobardando a verdade a que aquele caminho me foi levando – a que reside no meu coração.
Essa, é hoje a minha verdade.
Verdade que permeia qualquer mentira que racionalmente, por medo ou insegurança, insisto em contar a mim mesma.
E, cada dia que passa sei que o xamã estava certo.
O caminho mais longo que hoje percorro – é mesmo este que me vai da cabeça até ao coração.
O caminho mais longo que hoje percorro – é mesmo este que me vai da cabeça até ao coração.
Aqui " Entre Nós" será este também o teu?
Esta carne cheia de desejo e ternura, capaz de todos os sacrificios, de todas as rendições, sempre por amor, um amor livre e despojado, um amor sem motivo porque sem rosto, já que do outro lado não existe o ser amado mas apenas o amor que lhe temos.
ResponderEliminarÉ em nome desse amor que tudo é oferecido. É porque amamos que a vida vale a pena ser vivida.
A carne, a carne é o ponto sensivel. O elo que nos aproxima de deus ou que dele nos afasta. Porque na verdade somos todos um e o mesmo.
30 de Maio de 11
JC