sábado, 13 de dezembro de 2014

A SOLUÇÃO VEM ANTES DO PROBLEMA

Faço parte dos que acreditam que tudo o que nos acontece tem um propósito na nossa Vida.
Faço ainda parte dos que sentem na epiderme, o apelo desta ordem maior, que ao longo da vida vai capitalizando bênçãos e acontecendo naturalmente através do uno e balsâmico poder da oração.
A ausência de solidão que a ligação ao divino permite anula as palavras e as lógicas explicações.
Porque é que uns têm fé e outros não? A verdade é que não sei.
Sei apenas que tal como tantas outras coisas, a fé não se ensina.
Recordo-me de desde muito pequena de me sentir uma pessoa de fé.
Não da ‘fé-religiosa’ nem da recitação compulsiva de textos em que se fala de pecaminosos pecados e condenados pecadores, mas sim da fé tranquila de me sentir ligada a esta ordem maior a que chamo Deus, mas que na realidade não precisaria de nome algum, pois as coisas simples da Vida são realmente inomináveis.
Como humana que sou, muitas vezes, esta minha fé foi testada e outras tantas bastante abalada.
Quando estamos no escuro, parece-nos estranho a existência da luz e principalmente a possibilidade dos nossos olhos se poderem de novo com ela encontrar.
A verdade é que sempre que encostamos os nossos olhos a um papel, a nossa capacidade visual diminui, precisando de distância para voltar ao seu “normal”.
Assim é, na nossa Vida também.
Precisamos dum certo “zoom” para integrar as experiências e entender qual o propósito das mesmas no nosso processo de transformação.
E, apesar dos momentos de dor nos parecerem eternamente eternos, a verdade é que na Vida tudo passa, tudo é cíclico, tudo tem a sua própria dinâmica e a sua ordem respectiva.
Nada existe fora de nada.
Depois dum forte abalo, saímos sempre mais fortes e mais perto de quem somos na nossa essência.
È o medo que nos faz recear as experiências e desacreditar na inteligência da Vida e na sua profunda sabedoria.
O livre arbítrio existe para facilitar a nossa parceria com a Vida e não para a dificultar ou inibir.
A forma como escolhemos interpretar as experiências, e o sentido que lhes atribuímos define o nosso caminho, aumentando, diminuindo ou anulando a nossa fé.
Ter fé não é desresponsabilizar-se de si-mesmo, entregando o que é seu em “mãos-alheias” sem nada fazer.
È precisamente o contrário.
È responsabilizar-se pela sua própria Vida e pelas suas próprias escolhas, sabendo que tal como um candeeiro não dá luz sem estar ligado a uma ficha, também nós, sem ligação ao divino permaneceremos na escuridão.
Ter fé é muito mais que acreditar em algo.
Ter fé é sentir nas veias a certeza da protecção divina.
É estar grato por cada bênção e cada desafio.
Ter fé é escutar a apaziguadora voz do divino em nós, experienciando a força da oração e o poder a que a mesma nos conduz.
É confiar!  
Afinal, como diz um texto sagrado – quando Deus nos dá um problema para resolver é porque antes dele já nos deu a solução! :-)    

2 comentários:

  1. Adoro seus textos, Cristina! Estou numa face de conhecer a minha essência, buscando respostas para tantas indagaçães...suas palavras me confortam e me dão coragem para continuar, mesmo sem saber para onde ir...

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  2. Adoro seus textos, Cristina! Estou numa face de conhecer a minha essência, buscando respostas para tantas indagaçães...suas palavras me confortam e me dão coragem para continuar, mesmo sem saber para onde ir...

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